Por que viajar para a Cidade do México?

Capital mais antiga das Américas e a maior cidade da América Latina, a Cidade do México respira e transpira história, gastronomia e cultura que mesclam tradições pré-colombianas e espanholas. A CDMX é a cidade com mais museus no continente americano e a segunda no mundo. Teotihuacán, a cidade mais antiga das Américas, está bem próxima da Cidade do México e é tão (ou até mais) impressionante que a maravilha do mundo Chichén Itzá. Quanto a gastronomia, esta vai muito além de guacamole e nachos: só estando lá para conhecer e se apaixonar pela verdadeira comida mexicana.

Um pouco sobre a Cidade do México

Tenochtitlán, a capital do Império Asteca, se localizava onde hoje é a Cidade do México. De acordo com a lenda, o Deus Huitzilopochtli enviaria uma águia segurando uma minhoca em cima de um cacto exatamente no local onde eles deveriam construir sua cidade. E assim Tenochtitlán começou a ser construída em uma ilha no Lago de Texcoco. Hoje, a águia é o símbolo da bandeira nacional. Em 1524, Tenochtitlán foi completamente destruída e então reconstruída pelo Império Espanhol. Praças e edifícios coloniais foram erguidos, mas ainda é possível ver ruínas pré-colombianas até hoje.

A cidade de Teotihuacán, incluída neste roteiro

Quando ir

A Cidade do México é receptiva durante todo o ano. A temperatura é amena durante todas as estações. É muito comum ter noites e início de manhãs mais frias e, durante o dia, temperaturas mais altas. Chuvas são mais intensas entre junho e setembro, no verão. Essa época é também alta temporada e férias nas escolas mexicanas.

Quando o clima está mais seco a as temperaturas mais baixas, a qualidade do ar tende a piorar, devido a poluição. Além disso, a altitude da CDMX é de 2.250 m. Portanto, é normal se sentir mais cansado ou com dor de cabeça até que você se acostume com a altura.

Caso você tenha a oportunidade, visitar a CDMX no Dia dos Mortos é um espetáculo à parte. Essa festa se inicia no dia 31 de outubro e segue até o dia 2 de novembro e é considerada Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco. A cidade e o país, em geral, atraem mais turistas nesta época.

Como chegar lá?

A principal entrada a Cidade do México é o Aeroporto Internacional Benito Juárez. A Aeroméxico e a Latam fazem voos diretos diários saindo do Aeroporto de Guarulhos. A duração do voo é de quase 10 horas.

A Copa Airlines faz voos com conexão no Panamá. Eu particularmente gosto muito da Copa devido as conexões rápidas, de 40 minutos a 1 hora, mas não se preocupe: é muito difícil um voo da Copa atrasar e se atrasam, eles te esperam. Aconteceu isso comigo somente uma vez e eles me esperaram. A Avianca também faz voos ao México com conexões na Colômbia e no Peru.

Há também a possibilidade de fazer conexão nos Estados Unidos. Para isso, é necessário o visto americano, mesmo que seja somente conexão. Pela proximidade dos países, diversas companhias aéreas operam voos para lá.

O que saber antes de ir/curiosidades?

Comida: a culinária mexicana é considerada Patrimônio Cultural da Humanidade da UNESCO e simboliza a união da cultura dos povos pré-hispânicos e a espanhola. Estes povos comiam muito milho, tortilla (pão feito de farinha de milho ou de trigo) e feijão. Com a chegada dos espanhóis, a carne e o queijo foram adicionados. Comer tacos no México é algo mandatório! Principalmente os vendidos na rua, em barracas ou carrinhos. Só assim você conhecerá a gastronomia mexicana verdadeira. Deixar uma gorjeta (ou propina, como falam lá) de 10% é algo muito comum em restaurantes e nos carrinhos de rua. Não esqueça de fazê-lo.

Barbacoa, carne de cordeiro cozida envolta em folhas de agave

Cuidados no aeroporto: o México é, infelizmente, rota da imigração ilegal e perguntas podem ser feitas na imigração. Alguns agentes de imigração não perguntam nada, outros perguntam muito. Leve documentos que comprovem que você ficará somente por um período no país. Esses documentos podem ser: a passagem de volta e a reserva do hotel em que você se hospedará. Todas as malas que chegam no Aeroporto Internacional Benito Juárez são revisadas pela polícia e por cachorros. É muito comum abrirem e revisarem malas. Nunca aconteceu comigo, mas não se assuste caso isso aconteça com você.

Terremotos: quase todo o México está sobre a placa norte-americana e terremotos são muito comuns. Como a CDMX está construída sob um lago, os impactos sentidos pela cidade quando há terremotos são maiores.

Dia dos Mortos: ir para o México entre 31 de outubro e 2 de novembro é uma oportunidade única de ver como o país lida com a morte. Para os mexicanos, entes queridos que já morreram retornam à sua casa no dia 2 de novembro. Para recebê-los, familiares preparam altares com comidas e bebidas que a pessoa amada gostava. Há altares por toda a cidade e eles são lindíssimos. A cidade atrai mais turistas nesta época também devido ao “Desfile dos Mortos” que acontece nas principais ruas da CDMX. Ao contrário do que muitos pensam, o desfile anual não é uma tradição antiga da cidade. A ideia de ter um desfile assim ocorreu após a cena de abertura do filme “Spectre” em que James Bond persegue um criminoso entre a multidão de pessoas fantasiadas de esqueletos.

Me preparando para o Dia dos Mortos, mas isso é assunto para outro post
Câmbio de moeda

A moeda oficial do México é o peso mexicano. Por não ter uma grande demanda de compra no Brasil, é um pouco difícil encontrá-la nas casas de câmbio brasileiras e quando há, são altas as chances de a cotação não ser vantajosa.

A melhor opção é levar dólares e trocar por pesos em casas de câmbio quando você estiver lá. O dólar é a melhor escolha devido à proximidade do país com os Estados Unidos e pela cotação entre as duas moedas, se comparado com o real e o peso. As casas de câmbio no centro da cidade pode ser uma opção. Você pode também perguntar onde ficam as melhores casas na recepção do seu hotel.

Aqui, também vale a máxima de evitar trocar dinheiro nos Aeroportos. As taxas dificilmente são vantajosas.

O cartão de crédito não é amplamente usado no México e lembre-se que, caso você o use, você terá que pagar taxas ao seu banco. Portanto, ter dinheiro “na mão” é essencial.

Como se locomover

A Cidade do México é a cidade com mais habitantes no continente americano. Portanto, é muito provável que você se assuste com o tráfego intenso de carros. A boa notícia é que existem outros meios mais eficientes de se locomover por lá. São esses:

Metrô: com 12 linhas e quase 200 estações, o metrô é uma excelente opção para os turistas e é a melhor forma para fugir do congestionamento eterno da CDMX. O metrô dessa capital é considerado um dos melhores do mundo e o melhor: é muito barato! A passagem única custa 5 pesos (aproximadamente R$ 1,00) e você pode tanto comprar um cartão (10 pesos) e recarregá-lo, quanto comprar a quantidade de passagens necessárias. O metrô é ligado ao Metrobus e você pode utilizar essa mesma passagem ou o cartão. Há vagões exclusivos para mulheres e crianças.

Evite os horários de pico (antes das 8h e depois das 17h). O metrô é muito utilizado pelos residentes neste período.

O mapa do metrô está disponível neste site e também no Google.

Metrobus: são ônibus vermelhos que trafegam por uma faixa exclusiva, como o BRT no Brasil. Há 7 linhas de metrobus e a passagem custa 6 pesos. É um meio de transporte rápido, porque evita o congestionamento de carros. Os tickets são vendidos em máquinas ou bilheterias nas estações. Há também ônibus “normais”, geralmente verdes. Entretanto, é muito difícil saber a rota dos mesmos e, muitas vezes, não há pontos de ônibus fixos. Estes ônibus trafegam mais nos bairros da cidade, enquanto o metrô e o Metrobus te levam as principais atrações turísticas da CDMX. Portanto, não é recomendada a utilização destes ônibus para turistas.

O mapa está disponível neste site.

Táxi/Uber: como falamos, se locomover de carro na Cidade do México pode não ser uma experiência boa, devido ao trânsito. Porém, táxis e ubers são fáceis de serem encontrados e o serviço de ambos não é caro e pode ser uma opção para horários fora “de pico”. No caso dos táxis, confira sempre se o taxista ligou o taxímetro.

Bicicleta: procurando uma forma divertida de conhecer a cidade? Alugar uma bicicleta pode ser uma ótima alternativa. O Bosque Chapultepec, o bairro Polanco e a Avenida Paseo de La Reforma estão super preparados para bicicletas. O serviço de aluguel de bicicletas da CDMX se chama Ecobici. Antes de retirar a bicicleta, é necessário um cadastro prévio que pode ser feito nesse site. O serviço de 1 dia custa 108 pesos (ou 20 reais). Há também pacotes de 3 e 7 dias. Todos os pacotes incluem viagens ilimitadas de no máximo 45 minutos. Caso você exceda esse período, uma taxa de 14 pesos (ou 2,80 reais) é cobrada. Veja os preços atualizados nesse site.

Onde se hospedar

A Cidade do México é uma cidade cosmopolita. Há diversas opções excelentes de bairros para se hospedar. Entretanto, devido ao trânsito intenso da cidade, é muito interessante você ficar próximo das atrações principais da cidade. Nossa dica de sempre é verificar se há uma estação de metrô/metrobus próximo ao local onde você se hospedará. Isso te ajudará a ganhar tempo e gastar menos dinheiro. A zona turística da Cidade do México está concentrada no Zócalo (ou Centro Histórico), Reforma e Polanco.

  • Zócalo/Centro Histórico ($$$): caso você queira ficar onde tudo acontece, o Zócalo é o bairro para você. As principais atrações estão lá, como o Palácio Nacional, a Catedral Metropolitana e o Templo Mayor. Outro ponto positivo é que os valores dos hotéis são bem acessíveis. O acesso ao transporte público é vasto e a variedade de restaurantes e bares é imensa. Porém, como toda cidade na América Latina, o Centro pode ser um lugar perigoso para se caminhar quando anoitece. Há mais rondas policiais por lá, se comparado com o Brasil, mais ainda sim é preciso ter cuidado caso você se hospede nesta região.
  • Reforma ($$$$): centro financeiro do país, a Avenida Paseo de la Reforma é a Avenida Paulista mexicana. Repleta de edifícios lindíssimos, esta avenida conecta o Zócalo ao Bosque de Chapultepec, o Central Park mexicano. Os bairros próximos a essa avenida, como Tabacalera e Cuauhtémoc, são mais seguros que o Centro e isso reflete nos valores dos hotéis e hostels, que são mais caros. Caminhar nesta região é seguro tanto de dia quanto de noite.
  • Juárez/Zona Rosa ($$$): famosa por concentrar bares e baladas, é também conhecida como o bairro LGBT da Cidade do México. De dia, é uma região tranquila. De noite, é quando tudo acontece e o bairro fica mais agitado. Os valores de hospedagem são bem econômicos e é uma alternativa ao Zócalo.
  • Condesa ($$$$): comparado a Vila Madalena em São Paulo, Condesa é um bairro muito tranquilo e seguro e está ao lado do Bosque de Chapultepec. A região está repleta de cafés, restaurantes e bares “instagramáveis”. O bairro é luxuoso, porém há também opções mais baratas de hospedagem.
  • Polanco ($$$$$): um dos bairros mais luxuosos não só da CDMX, mas do país. Já é de se esperar que a hospedagem é bem mais cara. Há também hostels nesta região, além de vários shoppings e restaurantes, também mais caros. Sair para caminhar nesta região é bastante seguro. Não há estações de metrô em todo o bairro, então procure estar perto da estação Metrô Polanco.
Multidão de pessoas no Zócalo
Vida noturna

Por ser uma grande metrópole, a capital do México oferece uma vida noturna agitada e com muitas atrações: shows, peças de teatro, musicais e, claro, bares e baladas. Quatro bairros concentram a vida noturna da Cidade do México: Condessa, Zona Rosa, Polanco e o Centro. Condessa é o bairro boêmio da Cidade do México, com mesmo estilo que a Vila Madalena, em São Paulo. A Zona Rosa se assemelha a Rua Augusta, devido aos bares modernos que atraem os mais jovens. Polanco seria Pinheiros, com bares, restaurantes e casas noturnas mais chiques que atraem um público mais “refinado”, digamos. No Centro, há restaurantes e casas noturnas com vista ao Zócalo, no Centro. Também no Centro Histórico, está a Praça Garibaldi, famosa por concentrar bares tipicamente mexicanos, embalados pelo som dos mariachis.

A Luta Livre, um dos espetáculos mais conhecidos no México, acontece durante a noite. São lutas ensaiadas, mas que garantem boas risadas que acontecem nas arenas Coliseu ou México, localizadas no Centro. A estrutura é de um estádio e as lutas são televisionadas. Confira os horários das próximas lutas nos sites oficiais e compre o ingresso na bilheteria das arenas.

Dicas gerais (drop-down, boletos turísticos, souvenirs, etc.)

Turibus (Hop on/Hop off): como toda cidade grande, o ônibus hop on/hop off também está presente na CDMX e se chama Turibus. O Turibus é uma ótima opção para quem não tem tanto tempo na cidade, porque atende os principais pontos turísticos da cidade. O ingresso custa em torno de 300 pesos (ou 60 reais). Você encontra mais informações nesse site.

Souvenirs: os mercados de artesanato são ponto de parada obrigatória no México. Os souvenirs são coloridíssimos e com toda a certeza você comprará algo. Os souvenirs mais comuns são: caveiras, esqueletos, sombreiros, roupas e bolsas tradicionais da região, objetos diversos com o rosto (e sobrancelhas) da Frida Kahlo e de lutadores de Luta Livre. Pechinchar também é lei e funciona. Os mercados de artesanato mais comuns são:

  • Mercado de Artesanías de la Ciudadela, próximo ao Centro Histórico
  • Mercado de Artesanías de Coyoacán, próximo ao Museu da Frida Kahlo
  • Mercado de Xochimilco, próximo aos barcos coloridos de Xochimilco
As coloridíssimas caveiras mexicanas
Dicas mala (o que vestir)

Como o clima é mais frio de manhãzinha e à noite, é sempre bom andar com uma blusinha ou moletom. A melhor forma de conhecer a CDMX é caminhando, portanto, levar tênis e roupas confortáveis é essencial.

Dependendo da época do ano, o clima é bem seco. Andar com hidratante labial e levar hidratante corporal pode te ajudar a enfrentar o clima seco da cidade. Um remédio para estômago pode te salvar de uma má experiência gastronômica. A comida é mais temperada e condimentada do que estamos acostumados no Brasil. Nunca tive problema, mas é bom estar preparado.

Para mais dicas sobre como arrumar as malas, confira nesse post.

O que comer

A gastronomia mexicana é um dos pontos altos de uma viagem ao México. É muito comum pensar que a comida mexicana é igual a que vemos no Brasil, mas não se engane: o que é vendido como comida mexicana é, na verdade, tex-mex (uma versão americanizada na comida mexicana). Nunca comi chili por lá e é raro encontrar o guacamole como conhecemos aqui.

Veja também: O que comer no México

Algo importante de saber é que o café da manhã do mexicano é mais pesado e é bem comum eles comerem de manhã pratos que, para nós, são mais comuns no almoço. Com isso, eles demoram mais para almoçar (entre 14h e 15h) e acaba sendo um “almojanta”.


Roteiro turístico

Quantos dias ficar

Você precisará de, no mínimo, 4 dias para conhecer os principais pontos turísticos da Cidade do México. Separe 3 dias para a Cidade do México e 1 dia inteiro para uma atração que está mais afastadas da capital: o sítio arqueológico de Teotihuacán.

Dia 1

Separe 1 dia inteiro para o Centro Histórico. Visitantes que não possuem muito tempo na cidade geralmente se concentram em visitar as atrações dessa região que, na minha opinião, é a principal da cidade. No Centro Histórico, visite:

Zócalo (ou Plaza de la Constituición)

Durante o Império Asteca, a praça abrigava o Templo Mayor e o palácio de Moctezuma II, o governante da cidade de Tenochtitlán até a chegada dos conquistadores espanhóis. No Zócalo, os espanhóis construíram o Palácio Nacional e a Catedral Metropolitana e e a praça seguiu sendo o centro político e religioso do país. A Plaza de la Constituición é a maior praça da cidade e a quarta no mundo. Na Plaza de la Constituición, visite:

  • Palácio Nacional
    Edifício público mais importante do México e sede do Poder Executivo Federal, o Palácio Nacional se destaca também pelos obras de arte e os murais do artista Diego Rivera, o grande amor da artista Frida Kahlo. O local é aberto ao público e a entrada é gratuita. Mais informações nesse site.
  • Catedral Metropolitana de la Asunción de María
    É uma das catedrais católicas romanas mais antigas do continente e foi construída, literalmente, em cima de escombros de um templo asteca pertencente ao Templo Mayor. Inclusive, é possível vê-lo através de um painel de vidro colocado no chão. Abre diariamente é a entrada é gratuita.
  • Templo Mayor
    O Templo Mayor foi um dos principais templos astecas da cidade de Tenochtitlán. Em 1521, ele foi destruído pelos espanhóis e, em seguida, substituído pela nova cidade colonial. Hoje, é possível ver e caminhar entre as ruínas do que foi o centro da cultura asteca. A entrada é paga. Mais informações no site oficial do Museu.
As ruínas do Templo Mayor e, ao fundo, a Catedral Metropolitana de la Asunción de María

Palácio de Bellas Artes

Principal teatro da CDMX, abriga o Museu do Palácio de Bellas Artes e o Museu da Arquitetura, além de painéis de artistas mexicanos como Diego Rivera. Também foi local do funeral de artistas mexicanos famosos como a Frida Kahlo e o cantor Juan Gabriel. A agenda do palácio conta com vários espetáculos de teatro, óperas e danças, o mais famoso deles é o Ballet Folklórico de Mexico. Confira a agenda e os valores das entradas nesse site.

Torre Latinoamericana

Foi o primeiro arranha-céu do México e por anos o mais alto da América Latina. No 44º andar, há um mirante onde é possível ter uma visão 360º da CDMX. A vista fica ainda mais bela durante o pôr-do-sol. Aberta todos os dias. Mais informações aqui.

Alameda Central

É o parque urbano mais antigo das Américas. Na época dos astecas, esse local funcionava como um grande mercado. A Alameda Central foi recentemente reformada e caminhar por lá é uma ótima maneira de terminar o seu primeiro dia na Cidade do México.

Dia 2

Avenida Paseo de la Reforma e o Ángel de la Independencia

Palco de manifestações e protestos do país, a avenida tem 12km e une o Zócalo e o Bosque de Chapultepec. A avenida é espaçosa e com muitas árvores e você pode conhecê-la caminhando ou até mesmo alugando uma bicicleta. O monumento mais conhecido da Cidade do México, o Ángel de la Independencia está bem no centro desta avenida e celebra os 100 anos de independência do México.

O dourado Anjo da Independência

Museu Nacional de Antropologia e História

Confesso que não tenho o costume de visitar museus durante minhas viagens, mas visitar o Museu Nacional de Antropologia é algo obrigatório para qualquer pessoa que esteja visitando a CDMX. O museu está dentro do Bosque de Chapultepec e abriga não só objetos pré-hispânicos, mas também reproduz como esse povos viviam. Além da escultura asteca mais famosa de todas, a Pedra do Sol, parte das pirâmides de Teotihuacán estão lá. Mais informações sobre horário e valor da entrada no site oficial.

Parte das pirâmides de Teotihuacán com as cores originais

Bosque e Castelo Chapultepec

Maior parque urbano da América Latina, o Bosque de Chapultepec é conhecido como o Central Park mexicano. Além de abrigar o Museu Nacional de Antropologia e História, também se encontram lá o Museu de Arte Moderna e o Museu Tamayoum. Há também um Jardim Botânico, monumentos diversos e um castelo. Sim, o Castelo de Chapultepec.

O Castelo foi residência do vice rei da Nova-Espanha no século XVIII e hoje abriga o Museu Nacional de História. O jardim é muito bonito e há um trenzinho que te leva ao castelo. Mais informações no site oficial.

O Castelo de Chapultepec

Dia 3

Teotihuacán está a quase 60 km do centro da Cidade do México. Para essa passeio, sugerimos que você alugue um carro ou agende uma excursão de ônibus com uma agência de viagens. Com toda certeza você encontrará propagandas desse passeio em seu hotel ou hostel. O preço pode ser um pouco salgado e o tempo de visita em Teotihuacán é contado. Por isso, fazer este passeio por conta própria seria a melhor opção.

Teotihuacán

Ponto alto da viagem, o sítio arqueológico de Teotihuacán é cheio de mistérios. Não se sabe até hoje quem realmente viveu por lá. Quando Teotihuacán foi descoberta pelos astecas, a cidade já estava abandonada. Em seu auge, a cidade foi a maior das Américas, chegou a ter 100 mil habitantes e exercia grande influência na região.

Além de palácios e esculturas, o complexo conta com a Pirâmide do Sol, a maior das pirâmides da cidade e segunda maior de todo o México e a Pirâmide da Lua. É possível chegar ao topo de ambas subindo suas escadas. A subida é íngreme, mas a vista lá de cima paga o esforço. A entrada é paga, porém o tour guiado é gratuito e vale muito à pena! Mais informações nesse site.

Ao fundo, a Pirâmide da Lua

Passeio de balão com café

Há uma nova forma de conhecer Teotihuacán: de balão. O passeio dura uma hora e funciona da seguinte forma: a empresa te busca em seu hotel bem cedo, por volta das 6h da manhã e te leva até Teotihuacán. O valor do passeio inclui o transfer até a cidade e o passeio de balão. Ver as pirâmides e a dimensão da cidade por outro ângulo é inesquecível.

Restaurante la Gruta

Bem próximo de Teotihuacán e visitado por Frida Kahlo e pela Rainha Elizabeth, o restaurante está, literalmente, em uma gruta. As cadeiras coloridas contrastam com as cores da caverna. O prato mais famoso é a barbacoa (carne de cordeiro cozida a vapor) e o valor cobrado é aceitável, se levarmos em conta que o restaurante é bem turístico. Você pode fazer a reserva antecipadamente nesse site.

Dia 4

Xochimilco

Xochimilco é a Veneza do México. Embarcar em um dos barcos coloridos (trajineras) de Xochimilco é um passeio muito divertido. Nos finais de semana, há mariachis, muita comida e, claro, muito bebida nos barcos. Navegando pelo lago, você vai ver a Ilha das Bonecas, uma ilha super macabra com várias bonecas penduradas nas árvores. A lenda diz que o único morador dessa ilha começou a pendurar essas bonecas como forma de ajudar o fantasma de uma menina que morreu no local.

Como o Xochimilco fica a 25km do Zócalo, alugar um táxi é uma boa opção. Procure o Embarcadero Nuevo Nativitas, local mais famoso para embarcar nas trajineras. O preço é cobrado por viagem e cabem até 15 pessoas nos barcos. Tente se juntar a um grupo que esteja querendo fazer esse passeio.

mexico, lake, xochimilco
Você pode escolher o nome da sua trajinera

Museu Frida Kahlo

Conhecido também como a “Casa Azul”, o museu foi a casa onde Frida Kahlo cresceu, viveu e morreu. Diego Rivera também viveu por muitos anos nesta casa. Desde o final da década de 50, a casa se tornou um museu que homenageia a vida e a obra de Frida. Nele, é possível visitar os quartos, a cozinha e o estúdio onde Frida e Diego pintavam. O jardim foi decorado pelo casal e está repleto de objetos pré-hispânicos, inclusive há uma pirâmide.

O jardim do Museu Frida Kahlo

Mercado de Artesanías de Coyoacán

Bem próximo ao Museu, está localizado um mercado de artesanatos. Caso você tenha que escolher apenas um mercado, este é o melhor. Os preços são excelentes. Não deixe de comprar algum souvenir bem colorido para lembrar esse lindo país que é o México.



Isabela Aguiar já morou na Alemanha e em Dubai e começou a viajar há 10 anos. É fascinada por pirâmides, mas também por arranha-céus. É apaixonada pelo mundo, mas especialmente pela América Latina. Compartilhar suas experiências e convencer as pessoas a viajarem mais é a sua maior motivação.

Você também pode gostar:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *