Por que viajar para Ilhabela?

Aí estão alguns motivos:

  • Localizada no litoral norte do Estado de São Paulo, para quem mora na Capital ou interior estamos falando de algumas horas de viagem de carro apenas;
  • Praias lindíssimas e boa infra-estrutura;
  • Além das praias, aqui na Ilha você também encontrará priscinas naturais e centenas de cachoeiras;
  • Para os mais aventureiros, existem algumas opções de trekking;
  • Já para quem não é muito fã de caminhada, as agências oferecem diversos passeios de barcos e/ou veículos 4×4 para chegar nas praias mais distantes;
  • O Centro Histórico, também conhecido como Vila merece a visita.
Um pouco sobre Ilhabela

Você sabia que este é um dos únicos arquipélagos-munício do país? Isso quer dizer que estamos falando não apenas de 1, mas um total de 14 ilhas e ilhotes, sendo que a maior delas é a Ilha de São Sebastião, onde se encontra a sede administrativa do município.

Como mencionamos nos motivos para conhecer esse pequeno paraíso, aqui o contato com a natureza é inevitável e opções de praias, cachoeiras, montanhas não faltarão. Sem contar que 84% na Ilha representa uma região preservada de Mata Atlântica, conhecido como Parque Estadual de Ilhabela.


Quando ir

Dezembro a março: no verão, além do aumento da temperatura (nada muito absurdo, média de 27º C), aumenta também as chances de chuva. Este é o período da alta temporada, quando a ilha fica cheia de turistas, vale ficar atento e se programar na viagem, pois existe um alto risco de trânsito para pegar a balsa para a travessia.

Já com a queda na temperatura nos meses de inverno, a ilha fica mais vazia.

Abril e maio acabam sendo boas opções, pois o clima é agradável e a alta temporada do verão já passou.

Como chegar lá?

A opção mais prática é de carro. Dependendo de onde você sai, São Paulo, por exemplo, boa parte do trajeto é feita na Rodovia Tamoios, que leva até Caraguatatuba e, em seguida, São Sebastião de onde sai a balsa para Ilhabela.

Falando mais sobre ela, funciona 24/h por dia, sendo que das 5:30 às 23:30 as saídas são a cada meia hora, na madrugada, a frequência reduz para umas saída por hora.

Durante a semana o valor é de R$ 19,00, finais de semana e feriados R$ 28,50. O pagamento é feito apenas na ida (o retorno está “incluso”). Também existe a opção de hora marcada, custa R$ 98,00 e talvez seja algo a ser considerado, se você viaja em alta temporada ou durante um feriado prolongado, pois a fila pode levar horas.

O que saber antes de ir/curiosidades?

Vamos direto ao ponto: além de protetor solar, outro item obrigatório na mala é repelente! Não subestimem os famosos “borrachudos”, esses mosquitinhos parecem pernilongos, mas o estrago é maior! As marcas podem durar por semanas e você precisa ser forte para aguentar a coceira dos primeiros dias.

A incidência deles é maior nas cachoeiras, portanto, sempre carregue o repelente nos passeios, caso contrário você será devorado kkkk.

Uma curiosidade é que, a ilha realmente é muito bela, mas o nome é uma palavra única: Ilhabela!

Como se locomover

Para quem vai de carro, a locomoção acaba sendo mais prática.

Para alguns passeios específicos, a recomendação é contratar agências, já que apenas são permitidos veículos 4×4 e em outras praias mais distantes alguns acessos são apenas com barco.

Onde se hospedar

Meus lugares favortos para busca de hospedagem são Airbnb e Booking.com. Existem muitas opções de pousadas e casas e a escolha da hospedagem dependerá do seu estilo de viagem. Se forem em grupo grande, normalmente compensa alugarem uma casa grande, pois além do valor mais baixo, existe maior privacidade e o grupo pode se revezar para preparar as refeições, limpeza etc.

Se você não quer se preocupar nem com o café da manhã, então, o melhor e um hotel ou posada mesmo.

Uma das mais famosas é a Pousada Vila das Velas, próxima à Praia do Perequê. Além da ótima localização, possui excelente infra-estrutura.

Optamos por um Airbnb, existem tantas opções lindas que fica difícil escolher, mas confesso que ficamos super felizes com nossa escolha. Alugamos um bangalô, perto da praia do Perequê e centro, porém, o lado contrário apenas a mata atlântica. Cada detalhe do lugar foi cuidadosamente pensado, os hosts deixaram velas, aromatizadores, álcool em gel, tudo muito pensado para o conforto dos hóspedes.

Possui um quarto apenas com uma cama de casal e no banheiro, uma banheira de frente para uma janela com vista para a floresta, teto de vidro e muitas janelas, por isso, o lugar é ideal para casais apenas.

Confira mais fotos e detalhes diretamente pelo link.

Dicas gerais

Existem muitas agências que fazem os passeios até as praias mais afastadas como a do Bonete, Castelhanos e Jabaquara.

Como tivemos apenas um final de semana e era nossa primeira vez conhecendo a Ilha, preferimos visitar os lugares mais próximos, possíveis de serem visitados com nosso carro mesmo, por isso não tenho uma agência específica para indicar.

Falando um pouco mais dos passeios, eles podem variar de R$ 90,00 a R$ 200,00 por pessoa, dependendo do itinerário e grupo.

Algumas paradas:

Praia do Bonete: fica no extremo sul da Ilha, onde é possível chegar de barco ou enfrentar uma trilha de 12km pelo Parque Estadual de Ilhabela. Em ambos os casos o melhor é contratar agências ou guia para a trilha.

Praia do Jabaquara: esta fica bem ao norte. É possível chegar com veículo de passeio, apesar de um trecho de estrada de terra (no qual carros muito baixos podem sofrer um pouco), mas agências também oferem este passeio, incluindo a Praia da Fome, um pouco mais adiante, com possibilidade de mergulho.

Praia de Castelhanos: uma das mais visitadas de Ilhabela, dá pra chegar por terra, com veículos 4×4 ou de barco, aproveitando paradas em algumas outras praias paradisíacas como a Praia da Fome e Saco do Eustáquio. Também existe uma trilha que leva até ela através do Parque Estadual, mas recomendamos fortemente a presença de um guia.

Dicas mala (o que vestir)

Fizemos um post exclusivo para te ajudar na organização da mala para sua viagem. Venha ver aqui!

Onde comer

Restaurante Pimenta de Cheiro ($$): Fica próximo à praia do Perequê e oferece excelente custo-benefício e ambiente aconchegante.

Restaurante Prainha do Julião ($$$): comida super caprichada e restaurante na beira da praia, ideal para o almoço. Eles oferecem guarda-sol e cadeira também para aproveitar a praia. O estacionamento é pago.

Supermecado do Frade ($$): como ficamos em Airbnb, acabamos comprando algumas coisas no supermercado para preparar algumas refeições. Este supermercado oferece muitas opções e não achamos o preço absurdo, pelo contrário, algumas coisas até mais baratas do que em SP.

Quantos dias ficar

Nós aproveitamos um feriado de sexta e só ficamos até domingo, por isso optamos por conhecer e aproveitar algumas praias e cachoeiras não muito distantes. Mas 4 ou 5 dias é um tempo ideal para aproveitar com calma, incluindo alguns passeios com agências.


Roteiro de 1 dia e meio

Chegamos no período da tarde da sexta-feira, almoçamos em um restaurante simples e aproveitamos a tarde na Praia do Perequê.

Compramos algumas coisinhas no Supermercado do Frade para a janta e café da manhã dos próximos dias. À noite preferimos cozinhar em casa e aproveitar nosso bangalô.

Iniciamos o dia no sábado descendo para o sul da Ilha. Seguindo pela Av. Governador Mário Covas e passamos por diversas praias como Praia Ilha das Cabras, Praia da Feiticeira, Praia do Julião e Praia do Curral. Nosso destino final é a Piscina Natural, apelidada de “Secret Point” (coloque no Waze o endereço Av. Governador Mário Covas Júnior, 12300). Para chegar é preciso enfrentar uma caminhadinha curta, porém “pulando” pedras, em alguns pontos é um pouquinho desafiador, mas até mesmo famílias com crianças estavam se aventurando por ali. Realmente é muito linda, mas já não é tão secret assim, estava bem cheia quando chegamos. O indicado é ir pela manhã mesmo, que é quando a maré não está muito alta.

O caminho para chegar até a piscina natural é cheio de pedras

Dali, seguimos para a Cachoeira do Paquetá (Rua Nagib Pombo, 1 – Ribeirão). Ao chegar, pode ser que tenham algumas pessoas se oferecendo como guias, não vimos necessidade e seguimos por conta, a trilha é bem definida, então não há grandes problemas, embora seja um percurso íngreme. E aqui se preparem: o borrachudos não dão trégua! Leve o repelente na bolsa.

São 3 quedas d’água que você pode aproveitar com calma, se conectando com a natureza e toda beleza que ela oferece. No topo, aquela vista com a borda infinita da cachoeira, simplesmente maravilhosa.

Primeira queda
Segunda queda
Terceira queda
Terceira queda

Na volta já esta estava de tarde e paramos no Restaurante Prainha do Julião, onde tivemos nosso almoço super merecido.

A noite, pedimos comida japonesa e descansamos no nosso bangalô.

No nosso último dia, tivemos uma manhã relaxante na Praia da Feiticeira, antes de seguir viagem de volta.


Aline Mirante apaixonada por viagens, yoga e meditação. Originalmente de São Paulo, mas já morei na Alemanha e minha base hoje é a Dinamarca. Compartilhar minhas experiências foi a forma que encontrei de reviver minhas memórias e inspirar as pessoas a irem em busca de novas aventuras.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *